sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que não se explica

Lembro-me daqueles dias em que, de férias com os amigos, íamos para a praia por volta das dez da manhã, e regressávamos para as tendas de campismo só depois de ver o pôr-do-sol (por volta das nove da noite). As cores eram sensacionais! Laranja-avermelhado a tocar na cor de prata do mar.
Só depois de todo este espectáculo, e ainda com sal colado ao corpo cansado de tanto sol, é que o pessoal se dirigia para o parque de campismo para tomar banho e preparar algo para comer (entenda-se por esparguete com atum :) Ou salsichas!).

Uma das razões pelas quais o dia, aqui, na Tailândia passa tão devagar e ao mesmo tempo tão depressa, é que o sol põe-se às seis e meia da tarde, e como os mosquitos adoram devorar carnuça a essa hora, toca a arrumar a trouxa para regressar rapidamente aos bungalows. Em meia horita (vá, uma hora) estamos prontos para procurar um sítio para jantar. No ano passado, quando estivemos em Koh Chang, chegámos a deitar-nos às sete da tarde por não haver nada para fazer, a não ser, ser-se comido pelos mosquitos.
Claro, que os mosquitos são apenas uma das pequenas desvantagens em passar férias por estes lados. Desvantagem essa que acabamos por esquecer, mesmo quando no dia seguinte passamos o dia a coçar as pernas até fazer ferida. Desta vez, até se têm portado melhor, os mosquitos. Só me têm atacado enquanto durmo, e sem me acordar :D

Hoje foi daqueles dias que passei umas quatro horas na praia e ainda lá continuava por mais duas... Como é que se explica a uma pessoa do norte da Europa esta sensação maravilhosa, de passar o dia deitada na praia sem fazer nada? Sem planear nada? Apenas a ouvir o mar e a sentir a areia nos pés...

Alguém já me respondeu: "Ana, não se explica."

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